11 out 2003
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Porto Alegre, RS - De agenda lotada, o jornalista André Trigueiro passou o
dia da 49ª Feira do Livro de Porto Alegre, divulgando o livro Meio
Ambiente no Século 21. Nos dois debates em que participou, Trigueiro
reforçou a mensagem principal de seu livro: é de extrema importância
popularizar o debate sócio-ambiental, tirando o assunto dos restritos círculos
de técnicos e militantes ambientalistas.
À convite da FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler - e do Núcleo de Ecojornalistas do RS - NEJ-RS, o apresentador da Globo News participou de uma edição do FEPAM Debates, com o tema Comunicação e Responsabilidade Social. Falando para uma platéia de técnicos, Trigueiro lembrou da importância da comunicação na difusão de informações e conhecimentos que transformem o olhar das pessoas sobre o ambiente. Ressaltou que a cobertura de meio ambiente ainda peca por abusar de jargões e termos técnicos, e que o grande desafio para os jornalistas hoje é identificar o que realmente importa para a vida das pessoas e dar uma “cara de notícia para essas informações”.
Em uma maratona no calor porto-alegrense, ele deu entrevistas para Ruy Carlos Ostermann, na Rádio Gaúcha, para a TVE, Rádio FM Cultura, Programa Patrola (RBS/TV), Rádio da Universidade e EcoAgência de Notícias, além de participar do programa Falando Abertamente, com Tânia Carvalho, na TVCOM.
À noite, ainda esteve presente no Santander Cultural, participando do Ciclo Cavaleiros do Apocalipse – Cavaleiro Fome, ao lado do Professor e ecologista gaúcho Celso Marques, do jornalista Juarez Tosi - Coordenador do Núcleo de Ecojornalistas do Rio Grande do Sul e de Túlio Carvalho, representando a direção da FEPAM. .
Meio Ambiente no Século 21 vem ocupar uma lacuna editorial
André Trigueiro buscou com a publicação de seu livro preencher o que considera uma lacuna no mercado editorial em português. “Quando estava fazendo um curso de especialização em Meio Ambiente, na Coppe/UFRGS, não encontrei nenhuma bibliografia em português que tratasse das questões ambientais desde um ponto de vista sistêmico, com uma linguagem acessível a qualquer leitor”, conta, “o que se vê são livros extremamente técnicos, ou que em geral tratam de temas pontuais”.
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Para a organização de Meio Ambiente..., foram convidados 20 autores reconhecidos por seus trabalhos e reflexões sobre o tema, desde o físico austríaco Fritjof Capra, até o Ministro da Cultura, membro do Partido Verde, Gilberto Gil. Os convidados foram desafiados a escreverem na linguagem mais simples possível reflexões sobre temas como educação, cultura, espiritualidade e governo, relacionando-os com o saber ambiental. Para Trigueiro, “é preciso disseminar o debate ambiental, pulverizá-lo em toda a sociedade, só assim poderemos esperar mudanças reais nos nossos padrões culturais e de consumo, que sabidamente são fonte de nossa crise ambiental”. O prefácio é da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e toda a renda dos direitos autorais foi doada ao Instituto Sócioambiental, organização não-governamental escolhida pelos autores.
Paulo Nogueira-Neto disse, a respeito do livro: "Em tempos já longínquos, no decorrer dos anos 1950, 60 e 70, o movimento ambientalista brasileiro e mundial foi se estruturando e ganhando espaços jamais sonhados no início da difícil caminhada. O sonho verde de mudar para melhor a qualidade de vida tomou formas diferentes, aqui e ali, como se fossem patamares de referência, degraus de uma escalada ambiental que nos leva sempra para a frente e para cima. Os capítulos deste livro representam esses degraus. Têm, em comum, o ideal ambientalista. E todos eles trtam de aspectos muito especiais, deferenciados e peculiares".
O livro tem 367 páginas e foi editado pela Editora Sextante, do Rio de Janeiro.
Texto de Gisele Neuls - Reprodução e Fotos do jornalista João Batista Santafé Aguiar - para a EcoAgência de Notícias - www.ecoagencia.com.br
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