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Fórum Internacional das Águas

Reúso da água é incentivado no Fórum

 Presidente da IWA sugere reusar ao invés de diluir e destruir

9 out 2003

Porto Alegre, RS  - O uso em cascata da água em projetos que podem ser gerados a partir de pequenas comunidades onde o mesmo líquido passaria por diferentes níveis de uso antes de ser devolvido à natureza foi a prática defendida na tarde de ontem pelo inglês Michael Rouse, presidente da International Water Association (IWA), um dos principais painelistas que passaram pelo Fórum Internacional das Águas, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.

Rouse defendeu que “ao invés de diluir e destruir, a ordem é reusar”. Ele participou da oficina Saneamento Ambiental, Avanços e Dificuldades, que contou também com o presidente da Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS/EUA) Horst Otterstetter e com o diretor de Água e Esgoto da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, ligada ao Ministério das Cidades,  Clóvis Franscisco Nascimento Filho, entre  outros convidados.

O IWA – que tem 35 mil sócios em 33 países, tendo 24 capítulos espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil – é uma ONG que reúne instituições, governos e pessoas, organizando oficinas e eventos técnicos ligados ao assunto. Segundo seu presidente, alterar a previsão que aponta escassez de água num futuro breve é uma questão de mudar paradigmas, como fez o Chile. “É preciso que haja pressão política para que se mudem as prioridades. O Chile, por exemplo, nos últimos 3 anos saiu de 17% para 70% de seu  esgoto tratado”. Rouse também sugeriu que a comunidade seja chamada para atuar junto nas propostas, evitando que organismos ou entidades ajam “em nome dela”. “É preciso abrir mão da decisão de fazer as coisas em nome da comunidade, vamos chama-la para fazer junto”, sugeriu.

Enquanto o presidente da IWA anunciava que os países europeus devem alcançar excelência em qualidade de água até 2027, o presidente da AIDIS destacava que dados da OMS indicam  que na América Latina e Caribe, apenas 14% da população trata seu esgoto, um dos  piores quadros de saneamento do mundo. Segundo Otterstetter, as maiores vítimas desta falta de saneamento são as crianças. Ele também falou do uso “competitivo e conflitivo” da água. “Não faz sentido: a água que usamos para beber é a mesma que direcionamos ao banheiro a fim de mandar nossas fezes embora”, comparou. Outra preocupação  de Otterstetter é a presença de medicamentos na água resultante do uso humano. Ele sugeriu um monitoramento das substâncias farmacêuticas na água e também pediu atenção aos remédios e químicos que são utilizados na criação de animais como porcos e que acabam sendo levados para a água através do solo.

Já o representante no Ministério das Cidades falou sobre a nova política ambiental  que está sendo elaborada pelo governo e que em breve deverá ser apresentada aos estados através de seminários específicos e que faz parte do Plano Plurianual 2004-2007. “Queremos inaugurar uma nova era no governo federal”, disse. Segundo ele, o plano  ainda está em processo  de construção.

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 Assessoria de Imprensa do Fórum Internacional das Águas


Última atualização: 09 outubro, 2003 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
 
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