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Fórum Internacional das Águas

Proposta a criação de um Banco Mundial de Água

 8 out 2003

Porto Alegre, RS - A criação de um Banco Mundial de Água, cujo fundo geraria recursos para sanar problemas de desabastecimento e infra-estrutura, principalmente de países mais empobrecidos, foi um dos destaques durante o Fórum Internacional das Águas na manhã de hoje no Centro de  Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. A proposta é do  suíço Alberto Velasco, deputado e membro do Comitê Internacional para o Contrato Mundial da Água e também integrante da coalisão suíça A Água, Bem Público. Velasco participou da oficina Águas: Ciência e Educação, uma das quatro que se realizaram hoje pela manhã.

Velasco se diz contrário à privatização da água com base em  experiências já vivenciadas por alguns países e entende que o bem  deve ser de domínio público,  como ocorre na Suíça, onde está sob a tutela de governos regionais que têm investido fortemente em campanhas de conscientização dirigidas a escolas,  indústrias e população. “Na Suíça não existe problema de abastecimento, mas sim  de conservação dos recursos que dispomos”. Segundo o deputado o  aumento demográfico previsto para daqui a 40 anos,  principalmente de pessoas residindo em zonas urbanas (que deverá ser em torno de 92% da população total), deverá dobrar  o consumo de água e gerar um  desafio a ser vencido a partir de agora: construir estruturas que atendam  essa demanda.  “São estruturas que levarão dezenas de anos para ficar prontas”, alerta.

Segundo Luiz Fernando Cybis, diretor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e um dos debatedores da oficina, a necessidade de despertar cada vez mais a consciência sobre a problemática de que a água é um bem finito é  uma  necessidade inadiável. Também Carlos Tucci, pesquisador e professor da UFRGS lembrou a tônica do milênio: pobreza, sustentabilidade da água e preservação ambiental, destacando  que todo o impacto que ocorre na água hoje é causado pela má utilização e ocupação do solo. Lembrou ainda que mais de 90% da energia gerada atualmente é de origem hídrica e que não está havendo aumento de volume de água para atender a demanda crescente.

 

Assessoria de Imprensa do Encontro - Sílvia Trovo


Última atualização: 03 outubro, 2003 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
 
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