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Florestania pede nova relação do Homem com o ambiente natural 

Rio Branco, AC – "A florestania é a tentativa de chamar a atenção para o fato de que a humanidade não é o centro, mas sim parte integrante e dependente da natureza", disse o jornalista acreano Antônio Alves, o Toinho, na palestra de encerramento do 1º Encontro Internacional de Jornalismo Ambiental da Amazônia, neste sábado (6/9). 

"A florestania busca um novo pacto social e natural, onde a humanidade chegará a um novo arranjo com a natureza", salientou. A expressão florestania, união dos termos floresta e cidadania, foi criada na primeira gestão do governador do Acre, Jorge Viana, hoje em seu segundo mandato. 

Para Toinho, ex-presidente da Fundação de Cultura do Acre, enquanto a sociedade não recupera o bom relacionamento com o ambiente natural, é preciso trabalhar no desenvolvimento de projetos com maior grau de sustentabilidade ambiental, incorporando a "decisão da natureza" nos processos. "Precisamos conhecer os processos naturais e ter um respeito reverente aos ecossistemas e populações tradicionais pelo seu valor intrínseco. Se trata de um imperativo ético para a manutenção da vida no planeta". Segundo o jornalista, áreas com grande diversidade biológica, como a de Juruá, no Acre, são mantidas com a presença de populações indígenas. "A floresta não é intocada. É manejada há muitos e muitos anos pelas populações tradicionais", explicou.

Para ele, o alto índice de biodiversidade de Juruá se deve, também, à variedade cultural, que proporcionou a manutenção e a ampliação do número de espécies. Etnias diferentes plantam e manejam naturalmente várias espécies, proporcionando variabilidade e melhoramento genético, afirmou.

Jornalista Aldem Bourscheit Cezarino - aldem@ecoagencia.com.br para a EcoAgência de Notícias - www.ecoagencia.com.br