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Termo de Ajustamento de Conduta estabelece prazo de 7 anos para a Corsan
regularizar seus poços artesianos
29 set 2003
Porto Alegre, RS - A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente
de Porto Alegre realiza no próximo dia 8 de outubro, a partir das 9h, audiência
pública para divulgar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sobre os
procedimentos para a perfuração e utilização de águas subterrâneas no Rio Grande
do Sul. Participaram da assinatura do TAC as Secretarias Estaduais da
Agricultura e Abastecimento, da Saúde, de Obras Públicas, de Meio Ambiente e a
Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN).
A audiência será realizada no Palácio do MInistério Público, Praça Mal.
Deodoro, 110, centro, Porto Alegre.
De acordo com a procuradora de Justiça, Sílvia Cappelli, Coordenadora do
Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, o Termo de Ajustamento
de Conduta foi celebrado no dia 25 de agosto e tem por objetivo dar início à
regularização dos poços artesianos perfurados pelo Estado, “além de desencadear
ações das vigilâncias sanitárias municipais para coibir perfurações que
representem riscos à saúde pública”.
Pelo Termo de Ajustamento, a CORSAN tem o prazo de 7 anos para regularizar,
junto ao Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria de Meio Ambiente
(SEMA), os poços artesianos perfurados e operados por sua responsabilidade. As
Secretarias de Agricultura e Abastecimento (SAA) e de Obras Públicas (SOPS)
deverão, no prazo de dois anos, encaminhar ofícios aos municípios e a
particulares eventualmente beneficiados, considerando a propriedade da área onde
a perfuração tenha sido efetuada, e alertando-os da necessidade de darem início
imediato ao processo de regularização da outorga do direito de uso da água
subterrânea dos poços por elas perfurados. Ambas secretarias deverão instruir e
auxiliar tecnicamente os requerentes para o atendimento de toda a documentação
exigida pelo Departamento de Recursos Hídricos.
O acordo estabelece, ainda, que a CORSAN, a SOPS e a SAA se comprometam a
perfurar poços artesianos somente após a expedição da autorização prévia
expedida pelo Departamento de Recursos Hídricos. As duas secretarias
comprometeram-se a não efetuar perfuração de poços artesianos em locais onde
haja rede pública de abastecimento.
Já, a Secretaria Estadual de Saúde (SES), por si ou através das vigilâncias
sanitárias dos municípios, deverá realizar ações de fiscalização, segundo risco
epidemiológico das atividades, priorizando hospitais, escolas, hotéis,
estabelecimentos de saúde e condomínios, com base em cadastro já fornecido pela
CORSAN, no prazo de 3 anos.
A programação da audiência
pública é a seguinte:
9h
– Palestra do Professor e Pesquisador do Instituto de Geociências da
Universidade de São Paulo (USP), com doutorado e mestrado pela USP e
Pós-Doutoramento pela University of Waterloo - Canadá, Ricardo Hirata,
sobre a “Importância Ambiental das Águas Subterrâneas”.
9h45min
– Palestra do diretor do Departamento de Recursos Hídricos, Rogério Dewes,
sobre os procedimentos de outorga.
10h30min – Exposição da
CORSAN sobre os impactos das perfurações no litoral norte do RS.
11h – Palestra de
representante do CREA sobre aspectos técnicos da perfuração.
11h30min – Apresentação
do Termo de Ajustamento de Conduta celebrado.
Link Relacionado:
Centro
de Apoio de Defesa do Meio Ambiente
http://www.mp.rs.gov.br/hmpage/homepage2.nsf/pages/cma_entrada
Jornalista Juarez Tosi (Juarez@ecoagencia.com.br)
com colaboração do Centro de Apoio de Defesa do Meio Ambiente.
Última atualização:
06 setembro, 2011 - ©
EcoAgência de Notícias
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