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Ato internacional dá recado à indústria dos transgênicos: homem não pode brincar de Deus

Todos os cidadãos estão convidados

Entidades de trabalhadores ligados ao setor da alimentação e ambientalistas promovem na próxima segunda-feira (dia 05), na Esquina Democrática (av. Borges de Medeiros com rua dos Andradas), em Porto Alegre, o ato internacional “Por Um Mundo Livre de Soja Transgênica”. O grande desafio desse movimento é questionar o motivo pelo qual o “homem está brincando de Deus”. Durante o ato, que inicia às 12h, será distribuído ao público um folheto ilustrado, onde se mostra que o “casamento artificial” entre espécies diferentes (ao contrário do que acontece na natureza) pode causar um desastre ambiental sem precedentes para a humanidade.

Os organizadores do evento lembram, ainda, que para as multinacionais que dominam as pesquisas com transgênicos, "pouco interessa se os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) fazem mal à saúde: o que eles desejam é o poder sobre a semente e seus altíssimos lucros”. Estudos já comprovaram que toda a soja transgênica é cultivada com o veneno (herbicida) glyphosate, um cancerígeno que tem feito do Rio Grande do Sul, o estado com a maior incidência de câncer e leucemia do Brasil.

Além da saúde humana, o meio ambiente também tem sido muito afetado com a contaminação dos produtos transgênicos. A borboleta monarca nos Estados Unidos (um dos maiores produtores de OGMs do mundo) está em processo de extinção porque consome o pólen do milho transgênico. Assim, forma-se toda uma cadeia que acaba afetando também a economia. Muitas empresas brasileiras já estão tendo dificuldades de exportar frangos alimentados com ração transgênica e isso causa desemprego no setor.

Para os organizadores da manifestação os governos estão na contramão da história. Enquanto o Rio Grande do Sul (ao contrário do seu discurso) não conseguiu controlar, entre 1999 e 2002, o avanço da soja transgênica, em estados, com governantes de diferentes posições partidárias, como Paraná (PFL), Santa Catarina (PP) e Mato Grosso do Sul (PT), o cultivo desse tipo de produto foi quase inexistente. Os manifestantes defendem a precaução, como uma maneira de informar a população sobre os riscos que ela está correndo. É necessário que se abra imediatamente a discussão popular sobre os transgênicos na agricultura, com todos os segmentos da sociedade, e que seja feita uma pesquisa pública sobre o impacto da soja transgênica para a saúde e do meio ambiente, dissem..

• O que: Ato Internacional Por Um Mundo Livre da Soja Transgênica

• Quando: 5 de Maio (segunda-feira), das 12 às 14 horas

• Onde: Esquina Democrática, centro de Porto Alegre – RS.

Promotores:

• UITA - União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação
• CONTAC - Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação e Assalariados Rurais
• FTIARS - Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação do RS

Apoio:

• - FETRAF- SUL
• - MST - Movimento dos Sem Terra
• - CUT - Central Única dos Trabalhadores
• - AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural
• - Cooperativa Ecológica Coolméia
• - PANGEA - Associação Ambientalista
• - Por Um Brasil Livre de Transgênicos
• - GIPAS
• - Fundação Juquira Candirú
• - Arma-Zen Edições
• - Cia de Teatro Lumbra
• - Os Dzgners
• - Núcleo dos Ecojornalistas do RS – NEJ/RS