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Índios da região apresentam maior taxa de crescimento do país, diz
pesquisador
Rio Branco, AC -
Os povos indígenas da região amazônica apresentam ao maior taxa de
crescimento do país, com um índice que chega aos 3,5% ao ano. A boa notícia
foi revelada nesta sexta-feira (5/9) pelo engenheiro agrônomo e coordenador do
Programa Amazônia do WWF-Brasil, Luís Meneses, durante o I Encontro
Internacional de Jornalismo Ambiental da Amazônia. Segundo ele os índios,
que já tiveram uma população de seis milhões de pessoas na época do
descobrimento, possuem hoje 130 mil indivíduos espalhados em cerca de 200
etnias.
Luis Meneses
foto-cortesia do SINJAC
Ao abordar o tema “A
Floresta Vale Ouro – Caminhos para o Desenvolvimento Econômico, Inclusão
Social e Conservação da Natureza na Amazônia”, Luís Meneses
lembrou que a floresta amazônica abrange nove países (Guiana Francesa, Guiana,
Suriname, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Brasil) e está 69% em
território brasileiro. Rondônia é o estado amazônico mais desmatado do país,
com 33% da área original destruída. Entre os fatores que influenciam para a
destruição da floresta, destacam-se a pecuária, responsável por 77% do
desmatamento. Sobre os planos de manejo, ele disse que em 1995 cerca de 80% do
desmatamento era ilegal. Já em 2001, 75% do desmatamento possuía autorização.
Mas um dado ainda preocupa: a produção sustentada certifica atinge hoje apenas
1,7% do total de madeira utilizada.
Buscar alternativas sustentáveis
A população da Amazônia é
hoje de 21 milhões de pessoas, acrescenta Luís Meneses. No entanto, 68% vivem
em áreas urbanas, distribuídas principalmente no Pará, Maranhão e Amazonas,
dos quais mais da metade são menores de 20 anos. “O grande desafio que
temos para a sobrevivência dessas culturas e da floresta”, adverte o
coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil, “é de encontrar
alternativas econômicas sustentáveis, baseadas na valorização da floresta,
de sua população e conhecimentos”.
Segundo ele há negócios
promissores se abrindo para os povos da floresta. As quebradeiras de coco de
babaçu (óleos e sabonetes) começaram a produzir em 1982 e exportar em 1995.
No primeiro foram exportadas 15 toneladas. No entanto, em 2001, esse número
saltou para 47,2 toneladas, com faturamento de R$ 650 mil. “A renda das
mulheres, na fábrica, triplicou em relação ao que ganhavam somente quebrando
coco", destaca ele. Outro exemplo de negócio que cresceu foi o
artesanato.
Mas ele alerta que embora ainda
haja limitações de ordem produtiva, legal e organizacional, a maior limitação
encontra-se no acesso ao mercado. “O Brasil consome a maior parte da produção
da Amazônia. A grande pergunta que resta é como mudar essa demanda para
produtos sustentáveis”, conclui Luís Meneses.
Jornalista Juarez Tosi
– Juarez@ecoagencia.com.br -
para a EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais – www.ecoagencia.com.br
Última atualização:
06 setembro, 2011 - ©
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