De: - EXCLUSIVO - EcoAgência de Notícias
Date: 26-jan-03
Time: 23:27:55
O Fórum Social Mundial tornou-se um território livre, onde todos têm direito a mostrar suas lutas e reivindicações. O grupo Oilwatch, criado por organizações da América Latina, África e Ásia, que se opõem à utilização de petróleo, ocupou um espaço no saguão do prédio 40 da PUC para espalhar dezenas de cartazes mostrando as tragédias causadas por grandes derramamentos de óleos em diversas partes do mundo e defendendo a soberania energética.
A atual coordenadora da secretaria do Oilwatch, a equatoriana Esperança Martins, afirma que todos os acidentes são causados por empresas multinacionais, que não respeitam leis de países. “Essas empresas são totalmente irresponsáveis, pois acabam causando tragédias que trazem imensos prejuízos econômicos e ambientais aos países atingidos, privando muitas vezes grandes legiões de pescadores do seu ganha pão diário”, salienta. Essa empresas, continua ela, atuam junto à Organização das Nações Unidas (ONU) falando em desenvolvimento sustentável, mas também junto aos Estados Unidos negociando a guerra.
O principal objetivo do Oilwatch, que já existe há seis anos, é chamar a atenção do mundo para os riscos que o petróleo causa, tanto quando ocorre um acidente no mar, como em relação ao aquecimento climático. “Nós queremos uma política energética que seja democrática e não comandada pelos monopólios”, destaca Esperança Martins. Segundo ela há várias formas de energia possíveis de serem utilizadas em larga escala, como a eólica, solar, biomassa. Mas de nada adianta utilizar uma energia renovável se ela for controlada por um monopólio. “Defendemos que a soberania energética seja efetivamente democrática, sem a inteferência dos monopólios”, conclui.
Jornalista Juarez Tosi (NEJ/RS) - juarez@ecoagencia.com.br © EcoAgência de Notícias, janeiro 2003 - http://www.ecoagencia.com.br .