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Marcha também foi pela preservação ambiental

De: - EXCLUSIVO - EcoAgência de Notícias
Date: 24-jan-03
Time: 10:44:06

Os movimentos em defesa da preservação ambiental marcaram forte presença entre a multidão de mais de 60 mil pessoal que participou da marcha de abertura do III Fórum Social Mundial. Além das entidades nacionais, como a AGAPAN - Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, Movimento Roessler, Gambá entre outras, também tiveram atuação forte as organizações internacionais Public Citizen (que trabalha pela água como um direito humano), a Oxfam ( que luta por um Comercio com Justiça para as Américas - Agricultura, Investimentos e Propriedade Intelectual), a WWF (que tem inúmeras ações em favor da biodiversidade), a Amigos da Terra (com forte atuação no Rio Grande do Sul), entre outras.

Um lado interessante da marcha _ a maior e mais colorida das outras duas já realizadas _ foi a organização de muitas entidades. Bandeiras, nuvens de azul intenso com chuva caindo em papel laminado, imensas faixas, banners, estandartes, rostos pintados, tudo foi usado para chamar atenção. Até coreografia foi usada para destaque: a organização Proust, com sede em vários países, usou um grande lençol em formato redondo (com mais de três metros de diâmetro) levantado e abaixado ao longo do percurso por mais de uma dezena de participantes.

Um dos grupos organizados com camisetas, faixas e cartazes combinando foi o do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, que trouxe 70 integrantes de Brasília para o FSM. “Precisamos buscar a nossa soberania alimentar, avaliar os riscos reais dos transgênicos para o meio ambiente e para os seres humanos”, defende Selma Lúcia Beltrão, do Sinpaf.

A funcionária da Embrapa explica que o grupo veio participar dos debates sobre ética. Ela revela que muitas substâncias e produtos brasileiros estão sendo patenteados por empresas estrangeiras. Selma conta que o Brasil já teve o cupuaçu e a copaíba patenteados pelos japoneses e que o aguardente também já foi pelos norte-americanos. “Agora os norteamericanos querem patentear nossa rapadura!”, reclama indignada.

Mas enquanto a maior parte se preocupava com os debates da conjuntura futura, um participante aproveitava para resolver um problema presente. Com uma bandeirinha da CUT acomodada em baixo do braço, seu João Jesus recolhia todas as latinhas de alumínio que encontrava pelo chão. “Vim para fazer tratamento médico e estou aproveitando para participar”, revelou o funcionário do Fórum de Pelotas.

Assim como ele, centenas de outros catadores “fizeram a festa”, por onde passava a multidão. No anfiteatro Pôr-do-Sol famílias inteiras vasculhavam todos os cantos em busca de latinhas. Seu João esperava conseguir pelo menos uns 10 reais com a venda da matéria-prima . E assim é o Fórum, a junção de debates, manifestações e muita prática em busca da sustentabilidade.

Jornalista Sílvia Franz Marcuzzo Mtb 7551 (NEJ/RS) silvia@ecoagencia.com.br © EcoAgência de Notícias, janeiro 2003 - http://www.ecoagencia.com.br .


Última atualização: 06 setembro, 2011 - © EcoAgência de Notícias - NEJ-RS e PANGEA
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