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Lara Lutzenberger e a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Wangari Maathai. Foto cedida gentilmente pela Fundação Gaia |
Porto Alegre, RS - A queniana Wangari Maathai ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2004, por seu trabalho em prol do desenvolvimento sustentável, da democracia e da paz no seu país. É a primeira vez que uma africana recebe o prêmio. A presidente da Fundação Gaia, Lara Lutzenberger, sediada em Porto Alegre, RS, esteve com Maathai no ultimo mês de junho, em Londres e comemora o fato: "hoje, 8 de outubro de 2004 é um dia muito especial para todos nós da Fundação Gaia e para os ambientalistas do mundo todo".
Wangari é idealizadora do Green Belt Movement e membro da ECN - Earth Community Network. A Fundação Gaia, também membro da ECN, parabeniza o planeta pela primeira vez em que uma ambientalista recebe este prêmio. "É uma experiência maravilhosa. Estou muito contente. Parece algo inacreditável. É o tipo de coisa que você quase nunca vê acontecer durante a vida", declarou ela à agência norte-americana de notícias Associated Press, acrescentando que acredita ter sido escolhida como um símbolo da luta contra a pobreza e contra a degradação do ambiente na África. Maathai, de 64 anos, luta há quase três décadas para proteger e recuperar a natureza local e para defender o respeito aos direitos humanos em seu país.
"Esta é a primeira vez na história em que a questão ambiental é laureada com o Prêmio Nobel da Paz. Com isso, nós acrescentamos uma nova dimensão para a paz. Nós queremos trabalhar por um melhor ambiente de vida na África", declarou Ole Danbolt Mjoes, presidente da comissão que decidiu conceder o prêmio a Maathai.
Lara Lutzenberger é fundadora da Earth Community Network - Rede pela Comunidade Terrestre, que integra expoentes contemporâneos de todo o mundo comprometidos com a sustentabilidade planetária, visando, entre outros, a consolidação de 3 Centros de Referência e Estudos Ambientais complementares ao Schumacher College - International Centre for Ecological Studies, sediado na Inglaterra. Os 3 novos centros serão respectivamente na Índia, Kenya e Brasil, no Rincão Gaia - de propriedade da Fundação Gaia.