É comum observamos verdadeiros absurdos quando nos deparamos com informações e medidas oriundas das Secretarias Municipais do Meio Ambiente - SMAMs, aqui no Brasil. O que vem acontecendo, e de maneira generalizada, é o grande equívoco que existe em relação às verdadeiras atribuições que devem ser desenvolvidas por este importante mecanismo gerenciador da administração pública.
Lamentavelmente, na maioria das vezes por arranjos políticos, as Secretarias do Meio Ambiente nas prefeituras brasileiras são conduzidas por pessoas totalmente despreparadas para as funções técnicas e administrativas que o cargo requer, ou, quando muito, são pessoas ligadas a movimentos de defesa aos animais, vegetação e outros, isoladamente, deixando a entender para população menos avisada que a proteção ao ecossistema se resume somente a esses aspectos.
Analisando o conteúdo das inúmeras conferências nacionais e internacionais sobre as atividades dos cientistas ambientais que hoje estão à frente de organismos estatais de meio ambiente, verificamos no perfil internacional, ao contrário do que assistimos por aqui, que a verdadeira função das SMAMs é atuar de maneira integrada com a administração pública (prefeitura), servindo como uma espécie de consultoria e assessoria, além de fazer o patrulhamento ambiental constante às demais secretárias, autarquias e outros órgãos da administração pública municipal.
Para que isso aconteça, o órgão ambiental deve possuir em seus quadros, profissionais qualificados para criar e manter um Sistemas de Gerenciamento Ambiental que contemple todas as esferas da administração pública. Saliento que o orçamento anual do referido órgão, deve cobrir apenas as despesas com manutenção mínima estrutural, ficando os custos de projetos e implantações das medidas ambientais, para as secretarias, autarquias e outros envolvidos, dentro e fora da administração.